CRÍTICA: Christina Aguilera é a mesma de sempre em "Bionic"

O aguardado álbum de Christina Aguilera, "Bionic", é fruto de 4 longos anos de trabalho, seguidos de muita especulação e promessas animadoras. Segundo a própria Christina, o novo trabalho seria mais eletrônico, inovador, e ao mesmo tempo alternativo. Além de mostrar a versatilidade da voz da cantora, que pode se adaptar a qualquer estilo musical.

Ouvindo todo o álbum percebe-se claramente que estas promessas foram cumpridas. "Bionic" é eletrônico? Sim. É inovador? Sim. É alternativo? Sim. Agora, se vai agradar ao público médio, isso é difícil de prever. Ainda mais depois do lançamento de um single tão fraco como "Not Myself Tonight", que é uma das faixas que menos demonstram o teor do trabalho.

Contando com a participação de produtores mais alternativos como Santigold e M.I.A, o resultado final acaba sendo um pouco diferente do que estamos acostumados em um álbum pop. Aqui encontramos algumas batidas diferentes, até estranhas às vezes. E é isso que torna o álbum interessante. Ao mesmo tempo que é um álbum essencialmente pop, ao menos traz alguma novidade em termos de sonoridade. Isso sem contar a voz de Aguilera, que é sempre notável, especialmente nas baladas. A cantora investiu em batidas marcantes sem deixar de lado a qualidade vocal, que é seu ponto forte.

Abrindo com a poderosa "Bionic", que oscila entre o pop e o alternativo de forma interessante e explosiva, o álbum segue agitado com "Not Myself Tonight" e a lânguida "WooHoo", com participação da rapper Nikki Minaj e será o segundo single. A música tem uma forte pegada hip-hop e uso constante dos graves, típico do estilo.

A álbum alcança seus melhores momentos nas faixas mais alternativas como a estranha "Elastic Love", com uma pitada de M.I.A; "Glam", uma das melhores faixas do álbum e que deveria ter sido o primeiro single, é simplesmente viciante. "Desnudate", que tem o quente toque latino, e "Prima Donna" também garantem horas de audição.

As baladas são as mesmas de sempre, com destaque para "You Lost Me", escrita por Sia e "All I need", feita em homenagem a seu filho Max, que é bem agradável.

Apesar de inovar menos que o esperado, "Bionic" é um bom álbum pop. Diverte, faz dançar, tem músicas para pensar e tudo mais. Pode não ser um grande sucesso comercial devido ao não-compromisso de ter hits explosivos típicos de Lady Gaga. Mas para quem quer um trabalho com o selo Xtina de qualidade, pode adquirir sem medo. É pra você!

E sim, o álbum já vazou inteiro na net: http://www.supashare.net/u54oxln1v1s7