quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Análise: Black Eyed Peas mais conceitual do que nunca em "The Beginning"


O The Black Eyed Peas, a banda do momento, não quer deixar a peteca cair e, logo após a apoteótica turnê mundial já emenda o lançamento de seu novo álbum, "The Beginning". Depois de adicionar um toque brasileiro nas música sem "Monkey Business" e nos levar para uma viajem ao futuro com "The E.N.D", a idéia do grupo agora é misturar os sons e temas visuais do passado com uma roupagem futurista. Como sempre, o conceito é muito bem executado.

Nada melhor para resumir isso do que o primeiro single "The Time (Dirty Bit)". Utilizando samples de "Time Of My Life", do filme Dirty Dance, o grupo traz uma uma faixa totalmente eletrônica e dançante. Passado e presente se misturam de forma perfeita nesta música. O resultado, no entanto, não agradou aos críticos a princípio, mas o público médio adorou a idéia e "The Time" já é #1 em vários países. 

Esta faixa, porém, pode dar a idéia de que o álbum é totalmente eletrônico, e que os Peas deixaram o hip-hop divertido de lado de uma vez por todas. Mas isso, felizmente, não se confirma no decorrer do álbum. O que se vê é uma mistura de ritmos fenomenal, e o tema retro-futurista é levado ao pé da letra.

O estilo inconfundível do grupo está em "Light Up The Night"."Wait a minute, uno, dos. It's time to go! Adios!" . Só o BEP pra soltar uma frase dessas e soar cool rs. A música tem um ritmo bem leve e agradável. E logo se percebe que as vozes dos Peas são utilizadas juntas com muita freqüência, coisa que acontece em todo o decorrer do álbum, como Will havia prometido. 

"Love You Long Time" tem a pegada do BEP de antigamente, exceto pelas vozes robotizadas. Aliás o uso de autotune no álbum é constante. É uma faixa muito boa e gostosa de ouvir.

Em "XOXOXO" will.i.am e Fergie simulam um casal que se comunica constantemente por mensagens de texto, para se sentirem próximos. Esta faixa traz o que eles fazem de melhor: letra super divertida ao som de batidas inusitadas e refrão viciante, com as vozes de will e Fergie unidas por um bom uso de sintetizadores, dando um toque todo especial. Após ouvi-la é impossivel não ficar repetindo "hugs and kisses, hugs and kisses, X's and O's!"

"Someday", que dispensa sabiamente a participação de Fergie, mostra que os Peas se viram bem sem ela, trazendo uma música incrível. O ritmo é bem pra cima e a letra fala de esperança e superação. Lembra um pouco "I Gotta Feeling" pelo clima relax.

"Whenever", que já é a grande preferida dos fãs, é realmente uma bomba! Poderá ser o grande hit do álbum, pois traz uma batida incrível um ótimo refrão, com Fergie soltando suas famosas notas altas. Nos shows da próxima turnê será um grande momento, com certeza.

"Fashion Beats" é uma das mais interessantes faixas. Levando o retro-futurismo ao último nível, a música tem um clima totalmente retrô e disco, típico das grandes baladas dos anos 80, mas com batidas atuais. A letra é bem pop/glam, do tipo que Madonna adora fazer. Na historinha,Will.i.am é um cara viciado em baladas e fashion beats, e acha que precisa de tratamento rs. Fergie completa o pacote de estranhices, gritando "in faaaaaaashioooooonnnnnn!" repetidas vezes. É uma faixa bem louca, segundo o próprio Will.

"Don't Stop The Party" é bombástica e com certeza ficará por muito tempo tocando nas grades baladas. É totalmente dance/eletrônica, e o hip-hop só aparece mesmo na letra. O ritmo crescente é ideal para as pistas.

"Do It Like This" também já é conhecida de todos. Bem hip-hop no início, traz um ritmo contagiante e letra bem superficial. Do meio pro final a faixa muda totalmente o rumo e se torna um batidão eletrônico pra ninguém botar defeito. É como "Imma Be", só que a mudança de ritmo é bem mais drástica.

"The Situation" é sensacional! O refrão lembra muito "Come as you are", do Nirvana, pela forma como é cantado. Os vocais Gwen Stefani wanna be da Fergie estão ótimos e elevam o nível da faixa de clipa pop rock.

"The Coming" é boa, mas pode ser irritante pelos gritos e por ser bem barulhenta. Seu ritmo inconstante, que lembra "OMG" do Usher, irá agradar a quem gosta do estilo. Ame ou odeie.

"Own It" é outra faixa com tema de auto-ajuda. Tem um ritmo legal, mas o refrão repetitivo não ajuda muito. 

"The Best One Yet (The BOY)" (reparem bem no nome) é outra ótima faixa. A base é bem electro e os vocais estão muito bons. O refrão, cantado por Fergie, é totalmente viciante. Uma das melhores do disco.

"Just Can't Get Enough", apesar de dançante, é essencialmente hip-hop e lembra os velhos tempos da banda. Talvez por isso seja tão agradável. Todos os Peas tem participação considerável, o que é muito bom.

"Play It Loud" é meio trance (só estava faltando isso mesmo rs). Começa de leve e logo fica explosiva. É uma ótima faixa, ideal para um fim de festa. Ótima para cantar junto. É surpreendentemente boa e fecha o disco com chave de ouro.

No final, o que se percebe é que o Black Eyed Peas cumpre bem com sua proposta. Traz um disco divertido, retro-futurista, dançante, sem perder a essência do grupo. É perfeito para se ouvir do início ao fim, pois não há uma variação muito grande entre as faixas, em termos de sonoridade, o que pode ser um ponto negativo para alguns. Ainda como pontos negativos posso citar o uso excessivo de autotune em algumas partes desnecessárias. Segundo Will.i.am esse efeito seria muito usado para acrescentar ao conceito futurístico do álbum, mas mesmo assim achei que poderia ter sido um pouco menos. E também o fato de que ouvimos pouco os integrandes Taboo e Apl. Eles até cantam bastante, mas a gente não percebe devido ao uso do autotune. É como se so o Will cantasse, mas não é o que acontece na realidade.

Supera o The E.N.D? Não sei. O The Beginning é mais palatável e pop à primeira vista e tem uma maior quantidade de músicas consideradas "boas". Mas o The END é mais forte em se tratando de hits, mesmo tendo muitas algumas faixas "não tão boas". The Beginning, pra mim, é mais divertido, e por isso poderá alcançar um público maior.

Espere ouvir muitos singles de The Beginning em 2011, além de muitos videoclipes super produzidos e tecnológicos. O grupo está levando a sério o novo conceito e não medirão esforços para que todos comprem a ideia. Se depender desse novo disco, é sucesso na certa!





quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Conheça Jesse J, a mais nova cantora louca do pedaço


Nesta época do ano é comum surgirem muitos novos artistas, alguns que conseguem se firmar no mundo da música (tendo talento ou não) e outros que não passam do primeiro single, tendo logo que mudar de profissão rs. Casos de sucesso podemos citar as recentes e talentosas Lady Gaga e Ke$ha, que são hoje grandes nomes no cenário pop mundial.

A grande aposta para 2011 é Jesse J. A mais nova louca do pedaço já tem contrato com gravadora e tem o seu primeiro álbum, ainda sem data de lançamento, assinado por ninguém menos que Dr. Luke e Max Martin, responsáveis por grandes hits de Britney Spears, Ke$ha e Katy Perry. Vendo assim até parece que ela é apenas mais uma em meio a tantas cantoras pop "montadas e produzidas", especialmente se levarmos em conta o seu primeiro single, "Do It Like a Dude", um pop ultra comercial e grudento, mas que já traz sinais de sua estranha personalidade. Mas não se engane. Ela é uma cantora excepcional, autêntica e tem talento, como se vê em sua outra faixa, possível single debut nos EUA, "Who You Are".

Espere ouvir MUITO o nome dela nos próximos meses e, enquanto seu álbum de estréia não chega, curta aí o video super freak de "Do It Like a Dude" e o áudio oficial de "Who You Are". Divirta-se com o primeiro e se emocione com o segundo rs:



Análise: Nikki Mnaj nos proporciona um belo "Pink Friday"


Desde que eu conheci a rapper Nikki Minaj eu já sabia que ela logo seria grande no mundo da música. Seus versos afiados apareceram em 9 entre 10 músicas lançadas em 2010. Ela já colaborou com Christina Aguilera, Kanye West, Trey Songz, Rihanna, Will.i.am, Eminem e muitos outros, criando um belo portfólio musical e deixando todos ansiosos para conhecer seu primeiro trabalho solo. Eis que nasce "Pink Friday", seu primeiro álbum.

A primeira coisa que se percebe ao se ouvir o CD é que a Nikki Minaj agressiva e afiada que aparece na maioria das participações especiais não é a única faceta da cantora. Há muitas músicas no álbum que mostram um lado menos caricatural e verdadeiro dela, a exemplo de "Right Thru Me" e "Save Me", minha favorita. São belas canções que mostram a Nikki por trás das caretas e roupas extravagantes.

Nikki tem muito a dizer. Seus versos trazem por vezes experiências pessoais e situações interessantes. Mas há também as músicas mais comerciais como "Check It Out (feat. Will.i.am) e "Your Love", que eu (nem a própria Nikki) curtimos muito. Em "Fly", outra faixa bem pop, a participação de Rihanna dá um toque todo especial, assim como Eminem em "Roman's Revenge". Segundo a cantora ela ficou surpresa pelo rapper aceitar colaborar com ela, desde que enviasse para ele uma proposta que tivesse a sua cara. Dito e feito.

As batidas graves são constantes e só dão força aos versos fortes das faixas. Aqui você encontra o mais puro rap, às vezes envolvido numa roupagem mais pop, pois vender é importante. Nikki consegue imprimir sua essência na maioria das faixas, fazendo com que o resultado final seja bem autêntico e inconfundível. Vale muito a pena participar deste interessante pink friday da Nikki.

Se ainda não a conhece, confira dois de seus clipes de estréia:

"Check It Out":



E "Right Thru Me":

terça-feira, 23 de novembro de 2010

The Black Eyed Peas em 3D e 8bit no clipe de "The Time (Dirty Bit)"


Depois de muita espera, finalmente o The Black Eyed Peas lança o clipe de "The Time (Dirty Bit)", primeiro single do novo álbum "The Beginning". Como prometido, o vídeo apresenta alguns efeitos 3D, mas o efeito 360º anunciado ainda não deu as caras. Talvez numa nova versão do clipe, imagino.

Mas enfim, o vídeo é incrível! É como um "I Gotta Feeling" turbinado. Traz uma galera agitando tudo na balada, mas não fica só nisso. Há todo um jogo de imagens, um foco especial na dança (tem uma morena que dança muitooo), efeitos de pixels surgindo do nada, além de um efeito que simula que o vídeo é antigo, mas até isso é high tech aqui. Há ainda umas partes que sugerem o uso da realidade aumentada (interatividade misturada a recursos 3D), além de pequenos avatares 3D dos Peas, super simpáticos, que aparecem também.

O clipe é uma grande produção. Edição ótima, efeitos incríveis, tecnologia de saltar aos olhos. E, pra completar,  acompanha exatamente o clima electro da música.  É de fato um dos melhores vídeos do ano.

É interessante notar a grande transformação no grupo desde 2005. Se antes eles faziam um hip-hop peculiar e diferenciado, além de muito divertido, com "The E.N.D" o grupo entra na onda do dance/house, trazendo um som mais eletrônico e futusístico. Já com "The Beginning", a idéia é juntar elementos retrô, como desenhos pixelados e sons monofônicos (que lembram os jogos antigos de atari) com uma sonoridade e visuais futuristas, mas isso sem deixar de lado o seu peculiar hip-hop de sempre. A faixa "The Time" representa bem essa idéia, trazendo de volta a clássica "Time of My Life", de Dirty Dancing, com uma nova e eletrônica roupagem. É um conceito que, assim como o de The E.N.D, é totalmente coeso e bem executado.

Uma nova e interessante era do grupo está para começar. E com "The Time", já se preparam para dominar os charts de todo o mundo novamente!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Wanessa lança clipe de "Worth It"

Bom, pra começar eu já disse aqui que estou gostando muito dessa nova fase da Wanessa Camargo. Ela entrou na nova onda de música dance e acertou em cheio com seu novo e dançante repertório. Para oficializar, lançou a ótima música "Worth It", que inclusive já figura em alguns club charts internacionais junto com "Fallin For You". Ainda não é o Billboard HOT 100, mas já é alguma coisa.

Eu temia pelo vídeo da faixa, que estava em produção, mas o resultado foi bem positivo. Wanessa optou pela simplicidade e, mostrando que às vezes menos é mais, nos entrega um video bacaninha, que lembra os videoclipes de cantoras e grupos coreanos, onde há 1 ou 2 cenários e o foco é totalmente a coreografia, quase sempre muito complexa. Nada de grandes conceitos, tomadas externas ou alta costura.

Wanessa, claro, ainda não é nenhuma BoA Kwon na dança, mas já mostra que está num bom caminho, estando bem à vontade nesse novo tipo de performance.  Enfim, o clipe é bom e mostra que a cantora tem muito potencial para fly over the world com sua nova safra de músicas em inglês.





















         Minha cabeça não é degrau!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Novo clipe de Kimberly Wyatt + Her Majesty And The Wolves

















Das ex-Pussycat Dolls, essa loirinha, Kimberly Wyatt, é a que está se saindo melhor em carreira solo, na minha opinião. Nicole, a líder do grupo, depois dos incontáveis singles flopados, resolveu se juntar a RedOne (produtor de "Poker Face" e "Bad Romance", da Lady Gaga) e criar um hit-desflopator, resultando na ótima "Poison". Mas depois veio o clipe que de tão sofrível é capaz de afundar o single. Jessica Sutta também já lançou um single, "I Wanna Be Bad". Genérica ao extremo, a música só serve mesmo pra dançar na balada com um bom remix. O clipe, gravado no quintal da casa dela, é mediano.
Já Kimberly resolveu inovar (pelo menos para os padrões atuais) e se juntar a um produtor de música eletrônica, criando o duo Her Magesty & The Wolves. Após mostrar a que veio com o buzz single "Glaciers", ela retorna com o que parece ser o primeiro single oficial "Stars In Your Eyes". A música é muito boa e tem potencial para se tornar um hit no cenário dance. Mas o que chama atenção mesmo é o clipe. Muito bem produzido, traz um conceito,cenários e figurinos bem super interessantes.



Estou torcendo pra que seja sucesso!

CRÌTICA: Rihanna canta bem LOUD dessa vez


Rihanna é um exemplo de artista que só faz crescer com o passar do tempo. Isso é muito nítido. Desde seu primeiro álbum "Music Of The Sun", vemos uma crescente evolução em sua carreira em todos os aspectos. Sua voz, inclusive, está melhor que na época de "A Girl Like Me", fato percebido principalmente no álbum "Rated R", fruto de um período conturbado em sua vida devido ao Cold Case Love com Chris Brown. O álbum era bem confessional e continha músicas fortes e letras pesadas, com o recorrente tema de dor e violência. O álbum é um marco em sua carreira, mas não foi bem sucedido em vendas. Mas realmente não é um muito comercial.

Depois da fase dark de "Rated R", Rihanna, feliz da vida agora, deseja retomar sua carreira da forma que ela sempre foi: animada e divertida, com músicas dançantes e hits no topo das paradas. Como o próprio nome do disco sugere, as músicas agora tem uma vibe alegre, contagiante, bem diferente do álbum anterior. Seus cabelos vermelhos gritantes usados nessa fase só confirmam essa positividade.

Abrindo com "S&M", que lembra o antigo hit "Disturbia", Rihanna mostra logo a cara do CD. Cheia de sensualidade, ela canta sobre fantasias sexuais bem específicas: "Sticks and stones may break my bones
But chains and whips excite me". A faixa é ótima, mas ela simplesmente não evolui. E você espera por isso. Em seguida vem "What's My name (feat. Drake)", a faixa que tem o toque inconfundível de Rihanna. O refrão cheio de onomatopéias (quase uma regra em todas as músicas do álbum) é viciante. Provavelmente será um grande hit. "Cheers (Drink To That)" é como um hino dos bêberrões. Tem um ritmo agradável que remete a uma sexta à noite, num bar, com os amigos. Tem até um trecho cantado por uma galera que já está na 10ª dose. Simplesmente ótima. Se for single, tocará incansavelmente nas rádios.

"Fading" quebra o ritmo alegre do início. É uma midtempo agradável, bem RnB. Não poderia ficar de fora.  Aumentando o tom novamente, vem "Only Girl (In The World)", o primeiro single. A faixa é explosiva, totalmente LOUD. A batida é dançante e envolvente, impossível ficar parado.

"California King Bed" é uma linda balada. Provavelmente o single mais calmo do CD. Ao vivo ficará uma maravilha. "Man Down" é a típica faixa ame ou odeie. Tem um clima meio reggae, que remete ao primeiro álbum da cantora. "Raining Men (feat. Nikki Minaj)" é outra bomba, no bom sentido. Com certeza será um grande single nas rádios urban. Com abuso dos graves e refrão pegajoso, é uma das melhores do álbum e a participação da rapper do momento só melhora o resultado final. 

"Complicated" é a baladinha LOUD. Rihanna grita "Why is everything with you so complicaaaaaated!". É uma boa faixa que vai conquistar o coração daqueles que passa pela mesma situação: um romance complicated demais. "Skin" destoa um pouco do restante. O que não quer dizer que seja ruim, pelo contrário. Bem sensual, possui uma letra sugestiva e interessante. 

"Love The Way You Lie (Pt. 2)" é a continuação do hit mundial com o rapper Eminem. É diferente, especialmente por trazer muito mais vocais da Rihanna. O instrumental parece estranho em alguns momentos, talvez por já estarmos acostumados com a batida bem demarcada da versão original, mas é tão boa quanto.

Enfim, em meio a tantos gritos, na-na-nas, oye-ye, ou-uou-uou's, Rihanna nos entrega mais um ótimo álbum. Não supera o anterior, mas está no mesmo nível de qualidade. É delicado compará-los pois são propostas completamente diferentes. "LOUD" é repleto de hit's em potencial e foi feito para vender bastante e bombar nas baladas. Os produtores fizeram um belo trabalho ao criar faixas interessantes e variadas. Provavelmente será um grande sucesso de vendas como "Good Girl Gone Bad" e dominará as paradas musicais no mundo todo.