sábado, 22 de novembro de 2008

Pussycat Dolls - Doll Domination Review


O mais novo trabalho das Pussycat Dolls é mediano e não se destaca entre tantas opções mais interessantes presentes no cenário pop atual.

O aguardado retorno das Pussycat Dolls finalmente acontece após algum tempo, marcado pelo novo single "When I Grow Up", acompanhado de um videoclip de primeira. Esse novo trabalho anunciava a chegada do segundo álbum do carismático grupo formado por Nicole e... bom, as outras integrantes.
O novo álbum, entitulado Doll Domination, traz de volta as músicas feministas e sensuais de antes, mas desta vez sem tanta variedade como no álbum anterior. Para se ter uma idéia são mais de 15 músicas, todas com temas bastante parecidos e ritmos idem, o que não é ruim, mas prejudica a longo prazo.

A faixa de abertura, "When I Grow Up", começa com tudo. A música é divertida. Com graves intensos e vocais agudos das garotas, a música agrada, no geral.
Logo após vem "Bottle Pop", com a participação de Snoop Dogg. Um possível single, com ritmo contagiante e letra dispensável. É bem repetitiva, mas no final o ritmo muda um pouco e tudo termina bem.
"Whatcha Think About That", o segundo single, é simplesmente ótima. Com participação de Missy Eliot, a faixa possui um ritmo bel legal, vocais condizentes, graves fortes e um clima que lebra o antigo sucesso "Buttons". O refrão é perfeito e gruda na cabeça instantaneamente. Uma das melhores do álbum todo. Ah, e logo logo estréia o videoclip que está muito bom e já disponível no youtube.
"I Hate This Part", a melhor, junto com a anterior, é uma balada muito bem produzida, com vocais emocionantes de Nicole, e ao fundo, um efeito de grave super legal, que dá todo um clima especial à música. Será também um single e já tem videoclipe, também no youtube. Simplesmente lindo, perfeito, vale a pena conferir.
A partir daki tudo começa a desandar. O início inspirado dá lugar a uma sequência de músicas sem graça, às quais não darei destaque. Algumas delas, mesmo sendo produzidas por Timbaland, não têm o charme das anteriores, e o álbum logo cai na mesmice. As únicas que se destacam realmente são a "In Person", em que a Nicole dá um uma de James Brown em uma faixa com ritmo 2Step, "Magic", "Whatchamacallit" e "I'm Done".

Como bônus temos as faixas single de cada uma das integrantes do grupo, das quais nenhuma se salva. São todas medianas e não acrescentam em nada ao todo realmente.

Para quem gosta das PCD, o álbum pode decepcionar um pouco, pois é inferior ao anterior, apresar dos singles ótimos, que com certeza farão grande sucesso nas rádios. Pra quem não gosta delas, fique longe do álbum , pois será um martírio ouvi-lo por completo, devido aos vocais às vezes chatos de Nicole (vide "Hush Hush").

Vale a compra pelas 4 primeiras músicas, que estão demais! A capa está bem interessante também, apesar do marcante uso de Photoshop, especialmente em Nicole, que está uma... boneca, literalmente...

Britney Spears - Circus Review


Depois do gande sucesso de Blackout, Britney Spears "ressurge" com novo álbum Circus


Sem demais comentários sobre o histórico de Britney Spears que é conhecido por todos, graças ao show da mídia, vamos ao que realmente interessa, seu novo álbum, "Circus".
Depois do grande sucesso de "Blackout", esse novo álbum vem recheado de hits certos, mas tem lá seus pontos baixos, como todo e qualquer trabalho seu.
Muita expectativa foi criada depois do megasucesso de "Womanizer", o primeiro single do álbum, que é um hit pop incontestável, mas será que o restante do álbum segue a mesma linha de sucesso?

Vamos então ao faixa por faixa:
"Womanizer" - Podendo se tornar o single do ano e quebrando recordes nos charts de todo o mundo, o single veio para ser o "carro chefe" do novo álbum. Com um clima futurista e batidas modernas e rápidas, a musica é daquelas que grudam na cabeça como chiclete, e apesar do refrão repetitivo, é bem agradável e dançante. Os vocais da cantora estão menos digitais, o que é um ponto a favor. E essa tendência permeia todo o álbum, felizmente.

"Circus" - Pronto para ser o segundo single do álbum, a faixa título foi feita para ser hit. A letra, que fala da relação de Britney com o holofotes, é interessante, mas o ritmo dançante da faixa é seu diferencial. O ritmo da faixa é um pouco R&B, com um refrão pop de primeira.

"Out From Under" - Uma balada, que remete aos velhos tempos da cantora. Pra que já gostava das antigas baladas dela, uma faixa ótima. Mas ela é bem melosa e quebra o ritmo bruscamente. Apesar disso a música é agradável.

"Kill The Lights" - Esta faixa retorna com o ritmo dançante inicial. Essa foi feita para as pistas e promete ser um single futuramente. É uma espécie de "Piece Of Me", com uma letra que ataca os papparazzi, dentro de um ritmo club. Otima.

"Shattered Glass" - Com efeitos de vidro quebrado ao fundo, a faixa pode não agradar a todos. Apesar de dançante, a faixa traz uma sensação inevitável de deja vu, pois as viradas de ritmo presentes são pra lá de batidas.

"If U Seek Amy" - Com direito a "lá lá lá" e "baby baby", a faixa agrada por ser muito bem produzida e tem um ritmo diferente do normal. A letra é muito boa e funciona perfeitamente bem com o ritmo proposto.

"Unusual You" - É onde ocorre o flerte da cantora com a música eletrônica. O ritmo é perfeito para uma balada club ou um fim de festa. É linda e agrada pela levada eletronica e os vocais suaves.

"Blur" - Outra balada, com ritmo legal, mas pouco interessante. É uma faixa mediana que eu, particularmente, gostei muito. Poderia facilmente ser substituida por outra mais alegre.

"Mmm Papi" - Essa é pra dançar batendo palmas. Com ritmo que lembra o pop de anos atrás, agrada pelo tom divertido e os vocais sensuais.

"Mannequin" - Quando, em entrevista, Spears comentou que seu novo álbum teria um clima "mais urban", pensei em algo como esta música. Com um clima bem diferente do restante das faixas, e muito bem produzida, por sinal, tem um ritmo inconstante e vocais que se mesclam com a batida. É uma faixa muito interessante e poderiam haver mais como esta, já que de urban, só mesmo ela.

"Lace And Leather" - Com um clima bem funky, que lembra "Play That Funky Music", é uma das melhores faixas. Bem dançante e com efeitos interessantes, vai bombar nas pistas.

"My Baby" - Esta faixa é, claramente, uma homenagem aos filhos. Mas poderia ficar de fora do álbum, pelo menos da songlist principal. É sonífera, e porque não dizer, chata mesmo.

"Radar" - Versão idêntica da faixa homônima presente no álbum anterior, com algumas modificações no vocal e na mixagem, como o estrondo inicial e a mudança de repentina de ritmo na hora do "on my radar".

"Rock Me In" - Com um batidas que simulam as de uma guitarra, a faixa é mediana. Não tem nada demais. É muito parecida com as músicas pop atuais, como as de Miley Cirrus e Ashley Tisdale. O diferencial é o vocal de Britney, sem igual.

"Phonography" - Com ritmo e vocais sensuais, a faixa não traz nada de novo. Dá pra dançar e pode estar presente nas pistas de dança, ou não.

"Amnesia" - Não simpatizei com esta faixa. Talvez por lembrar demais Gwen Stefani e similares. Simplesmente não soa bem, não é dançante nem balada.

"Trouble" - Com batidas tiradas diretamente de algum videogame antigo, e vocais sintetizados, a faixa até que agrada.

"Quicksand" - Faixa exclusiva so Itunes, é uma balada com ritmo de funk, e letra de música eletrônica.

No geral...
O álbum veio para mostrar que a velha Britney está de volta, e não para renovar seu estilo, obviamente. Mas é interessante notar como ela está musicalmente mais madura. O tom exageradamente sensual de Blackout foi abandonado e aqui temos uma variedade maior de ritmos.
Outro ponto importante a ressaltar é que Britney se afastou o que pôde da tendência hip hop, que domina cenário musical atualmente, adotando um estilo mais próprio, ao contrário do que fez Madonna em Hard Candy. O resultado é um álbum mais autoral e sem "featurings"
,como é comum atualmente.

Concluindo, Circus provavelmente cumprirá o seu papel quando for lançado, o de recolocar Britney em seu posto de "princesinha do pop", abandonado anos atrás e fazer bonito nas pistas de dança e nas rádios de todo o mundo. Mesmo não sendo o ápice da perfeição, é um álbum excelente para fãs e não-fãs da cantora, sem sombra de dúvidas.