quinta-feira, 19 de agosto de 2010

OPINIÃO: "Teenage Dream", da Katy Perry, é um álbum dos sonhos


Dona de uma voz única e beleza estonteante, Kate Perry lança seu segundo álbum de estúdio entitulado "Teenage Dream". Muitos duvidavam que seu sucesso continuaria após o fenômeno de "I Kissed a Girl", mas muita espectativa foi criada em torno do trabalho, devido ao enorme sucesso do primeiro single "California Gurls".
"Teenage Dream" é um típico disco pop comercial, recheado de hits em potencial. As faixas são altamente viciantes, com refrões que grudam na cabeça. É possível visualizar praticamente todas as faixas fazendo sucesso nas rádios.
O clima do álbum é predominantemente alegre. Os ritmos são variados, com músicas agitadas e baladas bem distribuídas para evitar queda de ritmo. A sonoridade por vezes traz um clime retrô, como a cantora já havia prometido, mas a produção refinada é bem atual, com efeitos, sintetizadores, tudo que um cantor do século XXI tem direito. Mesmo assim, a voz peculiar de Kate não fica ofuscada em nenhum momento.
A ótima faixa título, "Teenage dream", abre o álbum de forma interessante, pois começa discreta e vai crescendo em intensidade até o refrão explosivo. "Last Friday Night" tem clima meio funky, bem agradável.
A já conhecida "California Gurls" é um típico hit de verão e dispensa maiores apresentações. "Fireworks" é uma belíssima faixa dance/club. Um possível single, com uma letra cativante e refrão poderoso.
"Peacock" é uma animada e viciante faixa, com refrão de duplo sentido típico de Britney Spears. "I wanna see your Peacock-cock-cock-cock!" é o pervertido refrão.
O álbum mantém o padrão com boas faixas como "Circle The Drain" e a viciante "E.T.". E fechando com chave de ouro, a baladinha "Not Like The Movies", belíssima faixa que poderia ser o single "calmo" do trabalho.
Sinceramente, não consegui não gostar de nenhuma faixa. "Teenage Dream" é indiscutivelmente um ótimo trabalho, perfeito em sua função de confirmar o sucesso de Katy Perry e elevá-la ao posto de "mais uma diva pop". Com a divulgação correta e o já esperado sucesso nas rádios, com certeza será um dos grandes álbuns do ano.

OPINIÃO: "The Eletrick Hotel" da Lolene traz pop leve e divertido



Uma das apostas do ano para o verão americano, Lolene, que chegou timidamente ao mundo pop com o buzz single "Sexy People", lançou há algumas semanas seu primeiro single oficial "Rich (Fake It Till You Make It)". Apesar de já tocar nas rádios, ainda não é certeza de sucesso nos EUA, mas a música é ótima e só recebe elogios por onde toca. 
Com toda essa incerteza, o álbum de debut da cantora, "The Eletrick Hotel", já foi adiados várias vezes, mas finalmente vazou na web, estando disponível para apreciação de todos que curtem música pop descompromissada.
O álbum traz um pop leve e sem grandes pretensões e conceitos mirabolantes. Segundo a própria Lolene, o CD é como um hotel em que cada faixa é um quarto e traz uma faceta diferente dela. Mas o objetivo principal é a pura diversão. Se é isso que você procura, "The Eletrick Hotel" é um prato cheio!
A sonoridade do álbum não é inovadora, mas traz de forma bem resolvida o pop em seu estado mais puro. Batidas marcantes e autotune são constantes, mas a cantora já mostrou que consegue segurar bem a onda ao vivo. O mesmo pode se dizer das letras, que tratam de irrelevâncias em geral de forma divertida. 
O "hall de entrada" do hotel traz uma propositalmente brega introdução, que nos convida a aproveitar as atrações do mesmo. E a diversão segue com a empolgante "Sexy People" e o primeiro single "Rich (Fake It Till You Make It)", produzido pelos The messengers. É uma faixa definitivamente legal e está demorando a estrear no Billboard Hot 100, pois tem muito potencial.
"Lionheart", possível segundo single, é uma faixa também agitada, com refrão grudento e batidas bem... batidas. Mas é muito boa. 
O meio do álbum tem algumas baladas bem rasas e não muito interessantes. São até dispensáveis, na verdade. Os pontos altos do trabalho são as músicas de buatchi. Uma delas é a viciante "Radio", que lembra as antigas músicas dance que entupiam as rádios populares há um tempo atrás.  Destaque também para "Caroussel", "Bang Bang" e "Limousine" que mantém o clima divertido do álbum.
Se Lolene colar mesmo como nova diva pop não sabemos, mas seu primeiro trabalho é definitivamente divertido e válido, por trazer de volta aquele pop descompromissado que a gente ouve para se divertir sem pensar muito na vida. No cenário pop atual repleto de conceitos complexos, referências e bizarrices que aparentam ser mais do que são, o pop leve e divertido é um sopro de frescor.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

OPINIÃO: BoA quebra tudo em "Hurricane Venus"


A cantora coreana BoA resolveu voltar à sua terra natal e lançar um novo álbum por lá, depois de cinco longos anos mostrando seu talento por outras bandas, inclusive nos EUA, onde não obteve grande êxito, apesar das músicas e clipes incríveis.
Para criar um buzz em torno do trabalho, ela lançou o single promocional "GAME", uma música interessante, acompanhada de um clipe que, apesar de não muito dançante como de costume, trazia BoA com pose de diva, coisa não muito comum na carreira dela.



Pouco tempo depois ela lança single "Hurricane Venus", uma música explosiva produzida por Red One (sim, o da Lady Gaga) que causou alvoroço tamanha a qualidade. E para o single, a cantora lançou um vídeo também incrível, com direito a efeitos especiais de primeira e muita dança. Enfim, um vídeo totalmente BoA.



Enfim o álbum. Desde a primeira faixa é possível perceber a preocupação da cantora em voltar às origens, trazendo um pop dançante e com muita energia. Abrindo com a ótima "GAME" seguida por "Hurricane Venus", o álbum promete ser eletrizante. E cumpre. Os vocais tunados, as batidas marcantes e o refrão que gruda na cabeça, a faixa é uma das melhores do trabalho.
O som eletrônico continua dominando em "Dangerous", que mantém o ritmo até chegar 옆사람 (Person Next to You) acalmando tudo bruscamente. Das baladas, esta é a menos interessante. "M.E.P (My Eletronic Piano" é uma midtempo que agrada pelo ritmo e pelos e clima adolescente.
"Let Me" volta animando novamente a experiência musical, com um refrão onomatopéico que ecoa em sua mente por horas. "Implode" é uma belíssima balada acústica, com vocal bem natural. Ela começa calma e vai crescendo em intensidade ao longo do tempo, acrescentando bem-vindos vocais masculinos em seu clímax. Os mais de cinco minutos de duração são pouco. Repeat nela!
A insistente "Adrenaline" chega quebrando tudo. Com refrão repetitivo a lá Britney's "Womanizer" e energia de sobra, é mais uma que irá tocar insistentemente em sua playlist. "Ordinary Day" é outra midtempo pouco interessante, com batidas que remetem ao RnB. "Don't Know What To Say" é uma balada cativante à primeira vista. O álbum fecha com "Romace", que traz um clima retrô pouco empolgante.
"Hurricane Venus" marca em grande estilo o retorno de BoA à Coréia, sendo mais enérgico e empolgante do que o autoral "Identity", lançado há pouco no Japão. Mais focado no dance pop que sempre fez por lá, o álbum promete fazer muito sucesso não só em terras coreanas, basta ver o entusiasmo com que os ocidentais agora recebem seu trabalho, especialmente depois de sua passagem pela américa, que a tornou mais conhecida por aqui.
O ponto fraco do álbum fica mesmo por conta da capa estilo Carmem Miranda floral.