quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CRÌTICA: Rihanna canta bem LOUD dessa vez


Rihanna é um exemplo de artista que só faz crescer com o passar do tempo. Isso é muito nítido. Desde seu primeiro álbum "Music Of The Sun", vemos uma crescente evolução em sua carreira em todos os aspectos. Sua voz, inclusive, está melhor que na época de "A Girl Like Me", fato percebido principalmente no álbum "Rated R", fruto de um período conturbado em sua vida devido ao Cold Case Love com Chris Brown. O álbum era bem confessional e continha músicas fortes e letras pesadas, com o recorrente tema de dor e violência. O álbum é um marco em sua carreira, mas não foi bem sucedido em vendas. Mas realmente não é um muito comercial.

Depois da fase dark de "Rated R", Rihanna, feliz da vida agora, deseja retomar sua carreira da forma que ela sempre foi: animada e divertida, com músicas dançantes e hits no topo das paradas. Como o próprio nome do disco sugere, as músicas agora tem uma vibe alegre, contagiante, bem diferente do álbum anterior. Seus cabelos vermelhos gritantes usados nessa fase só confirmam essa positividade.

Abrindo com "S&M", que lembra o antigo hit "Disturbia", Rihanna mostra logo a cara do CD. Cheia de sensualidade, ela canta sobre fantasias sexuais bem específicas: "Sticks and stones may break my bones
But chains and whips excite me". A faixa é ótima, mas ela simplesmente não evolui. E você espera por isso. Em seguida vem "What's My name (feat. Drake)", a faixa que tem o toque inconfundível de Rihanna. O refrão cheio de onomatopéias (quase uma regra em todas as músicas do álbum) é viciante. Provavelmente será um grande hit. "Cheers (Drink To That)" é como um hino dos bêberrões. Tem um ritmo agradável que remete a uma sexta à noite, num bar, com os amigos. Tem até um trecho cantado por uma galera que já está na 10ª dose. Simplesmente ótima. Se for single, tocará incansavelmente nas rádios.

"Fading" quebra o ritmo alegre do início. É uma midtempo agradável, bem RnB. Não poderia ficar de fora.  Aumentando o tom novamente, vem "Only Girl (In The World)", o primeiro single. A faixa é explosiva, totalmente LOUD. A batida é dançante e envolvente, impossível ficar parado.

"California King Bed" é uma linda balada. Provavelmente o single mais calmo do CD. Ao vivo ficará uma maravilha. "Man Down" é a típica faixa ame ou odeie. Tem um clima meio reggae, que remete ao primeiro álbum da cantora. "Raining Men (feat. Nikki Minaj)" é outra bomba, no bom sentido. Com certeza será um grande single nas rádios urban. Com abuso dos graves e refrão pegajoso, é uma das melhores do álbum e a participação da rapper do momento só melhora o resultado final. 

"Complicated" é a baladinha LOUD. Rihanna grita "Why is everything with you so complicaaaaaated!". É uma boa faixa que vai conquistar o coração daqueles que passa pela mesma situação: um romance complicated demais. "Skin" destoa um pouco do restante. O que não quer dizer que seja ruim, pelo contrário. Bem sensual, possui uma letra sugestiva e interessante. 

"Love The Way You Lie (Pt. 2)" é a continuação do hit mundial com o rapper Eminem. É diferente, especialmente por trazer muito mais vocais da Rihanna. O instrumental parece estranho em alguns momentos, talvez por já estarmos acostumados com a batida bem demarcada da versão original, mas é tão boa quanto.

Enfim, em meio a tantos gritos, na-na-nas, oye-ye, ou-uou-uou's, Rihanna nos entrega mais um ótimo álbum. Não supera o anterior, mas está no mesmo nível de qualidade. É delicado compará-los pois são propostas completamente diferentes. "LOUD" é repleto de hit's em potencial e foi feito para vender bastante e bombar nas baladas. Os produtores fizeram um belo trabalho ao criar faixas interessantes e variadas. Provavelmente será um grande sucesso de vendas como "Good Girl Gone Bad" e dominará as paradas musicais no mundo todo.

8 comentários:

Renato disse...

"Nao supera o anterior..." "Provavelmente será um grande sucesso de vendas" "Dominará as paradas musicais" Que contradições... essas e etc... que tipow de crítico eh você? Ou pelo menos acha que é... kkkkk

Strike disse...

Renato, consulte o Aurélio e aprenda o significado da palavra "contradição" para depois vir criticar, blz?

E obrigado pelo comentário.

TOM disse...

muito boa a critica.

Unknown disse...

loud será o cd que se destaca por apresentar varios singles, clipes inferiores a rated r e grande numero de vendas, e musicas de sucesso rapido, totalmente contrario a rated r que apresentou poucos singles, baixo numero de vendas porem com musicas mais solidas, clipes super produzidos, realmente um classico. na minha opiniao não se compara a loud.gosto muito o estilo dance music de loud, mas prefiro a escuridão e a violencia de rated r.

Marcos Ribeiro disse...

A era RATED R teve vídeos sólidos e muito bem produzidos. Podemos perceber isso ao ver Russian Roulette que em minha opinião, é um dos melhores vídeos da carreira de Rihanna. Te Amo foi um grande marco aqui no Brasil pois fez muito susseço, já LOUD é dançante e agitado, mas a produção de vídeos não é tão o quanto RATED R; ás músicas são bem contagiantes, mas a única coisa que falta é um belo sentido como a era RATED R teve. Enfim, LOUD já e um grande susseço em vendas, superou RATED R; espero que o próximo álbum seja um mistura de RATED R com Good Girl Gone Bad e que os vídeos sejam bem mais produzidos.

Rômes disse...

Em termos, LOUD é um album mais contagiante que Rated R. Suas músicas dão ritmos a dança e sua batida é envolvente. Porém a fase sombria de Rated R faz dele um album reflexivo e bem mais construido, onde os significados e a violencia o torna uma verdadeira obra prima.

Anônimo disse...

Renato, sua anta, ele disse que não supera em conceito musical, mas é superior comercialmente. Quer que desenhe?

Allex disse...

Sua critica é otima =)Mais agente prefere rated r