sexta-feira, 7 de outubro de 2011

OPINIÃO: "Femme Fatale", da Britney é divertido e feito para as pistas



Britney Spears, como sempre, causou comoção ao lançar seu primeiro single de nova "era" "Hold It Against Me". Como a grande lançadora de tendências que é, trouxe em seu lead single um incrível break em dubstep, vertente da música eletrônica que vem ganhando cada vez mais espaço nas baladas de todo o mundo, e agora, com HIAM abrindo caminho, no pop mainstream. Mesmo que artistas como Robyn, por exemplo, já tenham se aventurado nesse estilo, Britney pode ser a responsável por popularizá-lo, devido ao alcance mundial de seus trabalhos. Por essas e outras, Femme Fatale promete ser mais um grande sucesso de sua carreira.

Tendo a dançante e eletrônica "Hold It Against Me" abrindo os trabalhos do novo álbum, era de se esperar que o álbum trouxesse uma sonoridade bem eletrônica e atual e, para a felicidade dos fãs, ao contrário do que aconteceu com vários outros artistas pop e mesmo da black music, Britney atualizou seu som para os novos padrões sem se descaracterizar. HIAM é dance e eletrônica, mas ainda é essencialmente Britney. Dos gemidos ao "hazay" pronunciado de forma peculiar, a música é mais um poderoso single com a marca da cantora, que nunca deixa a desejar.

Mas o melhor ainda ainda está por vir. O segundo single "Till The World Ends" é uma power-club-banger pra ninguém botar defeito. Pop à toda prova, a música se torna um vício na primeira audição. Escrita pela hitmaker Ke$ha, a música traz um refrão viciante, característico da loira.

Acalmando um pouco as coisas, mas sem deixar as batidas fortes e marcantes de lado, Inside Out é uma incrível faixa totalmente trabalhada no dubstep, do início ao fim. A letra, a batida, a voz de Britney, tudo casa perfeitamente, resultando em uma das melhores faixas do álbum. O refrão meio que referencial ("hit me one more time is so amazing... you're the only one who ever drive  me crazy...") é perfeito.

I Wanna Go é outro vício. Com um refrão que gruda como chiclete e a eurovibe combinada aos assovios, na bridge da música, você esquece a letra bobinha e se joga na batida contagiante da faixa.

Holl I Roll é aquela música "ame ou odeie" presente em todo CD da loira. Com uma vibe meio infantil, mas com letra sugestiva, a faixa é uma ótima produção de Bloodshy&Avant feita sob medida pra Britney. Eu, particularmente, adorei. A qualidade na produção da faixa é inegável.

Voltando ao batidão, Britney encarna a Femme Fatale em "(Drop Dead) Beautiful" e dá em cima de um cara em plena balada na cara de pau, com direito a cantadas de pedreiro das mais bestas, mas que na música cavem perfeitamente. Aqui o que importa é a batida, que é hipnotizante. A participação da rapper Sabi dá um up na música que é toda diversão. O refrão, pra variar, é mais um vício ambulante.

"Seal With A Kiss" é aquela música bobinha, engraçadinha presente em todo álbum da Britney que se preze. Mas desta vez, com a produção baseada num dubstep bem trabalhado, a música ganha força e acaba sendo mais uma ótima faixa dançante do álbum.

"Big Fat Bass" é a tão falada parceria de Brini com Will.i.am. Apesar da letra sem noção, a faixa é uma grata surpresa. Dançante, agitada e bem elaborada, a música vai se desenvolvendo de forma bem repetitiva,  até que Will.i.am avisa pra gente se preparar para o kickdrum que vem com tudo no break arrazador. O final mistura tudo e resulta num possível grande hit das pistas.

Depois vem "Trouble For Me", com um início promissor e eletrônico, a faixa se desenvolve e percebemos a voz da Britney um pouco mais forte e marcante.

"Trip To Your Heart" traz uma certa tranquilidade, apesar da pesada base eletrônica. A voz doce de Britney dá um toque todo especial a esta bela faixa.

"Gasoline" é a faixa mais pop do álbum. Sem grandes firulas eletrônicas, a música lembra os antigos sucessos da loira. É uma de minhas preferidas do álbum. O refrão em falseto é viciante e aletra é bem... quente. Britney geme que é uma beleza.

"Criminal" é a faixa mais séria e talvez a mais surpreendente do álbum. Com um início que lembra músicas medievais, a letra fala de um amor bandido, no qual ela se apaixona por um criminoso, sabe dos perigos, mas não está nem aí. Ela "ama o cara" e ponto final. É uma bela produção, com graves fortes e bem marcados que contagiam. É uma perfeição de música.

Na versão deluxe temos mais 4 faixas, todas ótimas, mas 3 delas não se encaixariam bem na proposta do álbum. A exceção é a maravilhosa Up N' Down. A música vicia e causa dependência. Com uma letra pra lá de sensual, a faixa é contagiante e poderia muito bem ser um dos singles do álbum e fazer muito sucesso.

"Selfish" é boa, mas não é lá um grande destaque. "He About to Lose Me" traz a voz de Britney bem limpa e grave. É uma ótima balada. E "Don't Keep Me Waiting" é onde Britney flerta com o rock, do jeito dela. A  música é a cara da Lindsay Lohan.

Enfim, Femme Fatale é um álbum eletrônico, dançante e divertido, feito para bombar nas pistas e ponto final. Nada de pensar na vida. É dar o play e sair dançando, sem pensar no amanhã. Os produtores conseguiram reunir ótimas produções e grandes melodias feitas sob medida para serem hits, e Britney da o seu toque em todas elas, deixando tudo com a sua cara. É um álbum obrigatório em suas festas e baladas.

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